terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vida quase normal

Depois do final de semana turbulento, as coisas estão voltando ao normal aqui no Paquistão. O saldo dos protestos contra o tal filme foram 26 mortos, oito cinemas queimados, muitas outras propriedades depredadas, milhões de rúpias paquistanesas jogadas no lixo. Pra coroar o movimento, uma declaração um tanto quanto equivocada do Ministro das Ferrovias, que ofereceu cem mil dólares para quem matasse o diretor do filme controverso...

Polêmicas à parte, a vida está voltando a sua tranquilidade normal, pelo menos em Islamabade, que é a cidade mais segura do país. Aqui, sigo tomando muitos cuidados, mas estou voltando aos restaurantes e hoje dei uma volta no Koshar Market, que é o mercado mais frequentado da cidade pela comunidade internacional. A cidade é um pouco como Brasília, com zonas residênciais e áreas de comércio. O Koshar é  o mercado mais bonitinho, com cafés, restaurantes e mercadinhos que vendem até panetone Banduco e bolacha Negresco.

Outra coisa boa é que a temperatura está muito agradável e pararam as chuvas (a casa agradece, cada chuvarada era uma confusão de água entrando pelas paredes...). Estou conseguindo aproveitar muito mais a casa. Esses dias tomei chimarrão com amigos no terraço. E agora estou aproveitando a vista do escritório e os sons dos passarinhos. Viu, nem tudo é protesto no Paquistão.


Um comentário:

  1. Soube pela imprensa alternativa que o filme "A Inocência dos Muçulmanos" tem por trás os Salafistas da extrema direita - seguidores radicais de um movimento islâmico apoiado há muito tempo pela Arábia Saudita. E que, além do mais, a imprensa ocidental só mostra as manifestações violentas que são a exceção na maior parte dos países.
    Zeza

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